História
Minha trajetória no Projeto Integral de Vida – Pró-Vida iniciou-se no ano de 2012. Ainda muito jovem recebi um convite para ser treinada em um centro vocacional. Ali, durante algumas horas, prestaria serviço ao Pró-Vida como voluntária, cuidando e servindo as crianças do Recanto das Emas.
O projeto naquela época funcionava no contraturno escolar, tínhamos atividades sistematizadas com as crianças, tais como: aula de artes, ballet, teatro, arte cênica e formação de caráter. Por dois anos prestei serviço voluntário ao projeto (2012 – 2014). Durante esse período me apaixonei pela missão do Pró-Vida, pelas pessoas que ali faziam diferença, pelas crianças que passaram por minhas mãos, cuidei e amei cada uma de forma singular, fiz do meu dia a dia com elas um aprendizado.
Quantas crianças marcaram minha vida! Pensava eu que iria ensinar conceitos, valores e princípios… Ao final, eles me ensinaram o quanto eu ainda precisava aprender sobre a vida, que em determinadas situações demonstram ser tão duras e até injustas. Mas independentemente da idade ou do tamanho, precisamos ser fortes.
No fim do dia, ia para casa com o sentimento de dever cumprido e com a alma desejosa de fazer a diferença na vida daqueles pequenos, seguindo os passos e o propósito da instituição. Vivia cada momento de maneira apaixonante ao passo que nada me era pesado demais ou cansativo, afinal, eu era apenas uma voluntária em treinamento.
Durante todo o percurso que estive no projeto, minhas emoções foram treinadas, aprendi o valor de um abraço, de um sorriso, de ouvir “tia eu te amo”. Teve dias de ir para casa pensativa com situações que jamais imaginaria que uma criança tão pequena poderia enfrentar.
Logo que meu tempo se findava, me casei, passei dois anos distante do projeto, mas com o coração sempre ali. No ano de 2017 fui convidada pelo presidente da instituição, Celiomar Dias de Oliveira, a fazer parte da equipe que atenderia as crianças do Recanto das Emas, em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Claro que minha resposta não poderia ser outra e estou aqui escrevendo este texto com muita alegria no coração. Voltei ao projeto como monitora, tudo era muito novo e desafiador, o plano de trabalho bem diferente do social que fazíamos alguns anos atrás.
Comecei a estudar pedagogia, me formei, pós-graduei, hoje faço parte do corpo docente da instituição e sigo com o coração cheio de gratidão por este projeto do qual me orgulho em fazer parte. A vida é uma eterna escola, cheia de provas e desafios, continuo sendo uma eterna aprendiz.
O Pró-Vida é um celeiro de oportunidades, crescimento, aprendizado. Quem é Pró-Vida sabe os valores que são preservados desde o dia em que um homem cheio de convicção saiu de seu país. Me refiro ao Missionário/Pastor David Sanders, que semeou uma filosofia de caráter, valores, princípios e amor.
O Pró-Vida tem nome, história e respeito por onde passa, buscando sempre ser referência no cuidado e no trato com as crianças, mantendo políticas de proteção à criança e ao adolescente, garantindo seus direitos. O Pró-Vida é exemplo na gestão com seus colaboradores. Sinto-me honrada, respeitada e querida pela instituição que não enxerga apenas meu contrato de trabalho, mas minha pessoa como ser humano.
Carrego comigo a certeza de que não ficarei para sempre no Pró-Vida, por isso vivo cada instante como se fosse único, aproveitando e preparando a bagagem para próxima viagem, como diz a música “a vida é trem bala”, somos passageiros e cada ciclo se encerra para que novos possam ser iniciados e quando esse tempo se findar, levarei no coração por onde quer que eu vá as doces lembranças e memórias deste lugar que ama amar pessoas e que é um trampolim para o crescimento pessoal.
Com gratidão, Kátia Tereza.